As principais guerrilhas que atuavam no Brasil, no período que antecedeu a Revolução de 1964, destas surgiram muitos nomes que foram protagonistas nos governos que sucederam o período dos governos militares, com certeza isso explica muito o motivo do Brasil ter chegado no fundo do poço.
PCdoB tinha como principais nomes o de Pedro Pomar e João Amazonas. Partido Comunista do Brasil (1962): Primeira dissidência do PCB contrária à linha pacifista. Foi o único grupo a realizar ações de guerrilha rural no país. Entre 1972 e 1974, cerca de 70 combatentes enfrentaram até 20 mil soldados na Guerrilha do Araguaia.
MNR – Movimento Nacionalista Revolucionário seu principal líder era Leonel Brizola. Bem articulado e estruturado em 1964, era o grupo que os militares mais temiam nos primeiros anos após o golpe. Tinha apoio de Cuba – Fidel Castro acreditava que o MNR faria a revolução socialista no Brasil.
AP – Ação Popular tinha como líder José Serra e Herbert de Souza (Betinho). Formada por militantes de esquerda ligados à Juventude Católica e com forte adesão dentro do movimento estudantil, apoiava as reformas de base e as lutas trabalhistas. Alguns religiosos ligados à AP cediam os mosteiros para as reuniões clandestinas dos grupos guerrilheiros.
POLOP – Política Operária lideres eram Emir Sader, Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio. Uma das matrizes da esquerda brasileira, foi o primeiro agrupamento a se organizar como alternativa partidária ao PCB. Dava mais importância ao debate teórico e doutrinário do que à ação armada.
MR8 – Movimento Revolucionário 8 de Outubro, liderado por Franklin Martins e Fernando Gabeira. Serviu de abrigo a grupos menores, como a Dissidência da Guanabara, formada pelos estudantes que tiveram a ideia de sequestrar diplomatas estrangeiros. A ação de maior sucesso envolveu o embaixador americano Charles Elbrick.
PCBR – Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, principais lideres eram Mário Alves e Jacob Gorender. Inspirado nos ideais do líder chinês Mao Tsé-tung, era formado por ex-dirigentes do PCB que acreditavam na guerrilha rural. A organização, porém, praticou apenas ações urbanas voltadas à divulgação dos ideais comunistas.
ALN – Ação Libertadora Nacional, estes liderados por Carlos Marighela, José Dirceu e Frei Beto. Estudantes universitários e ex-militantes do PCB formaram a organização mais ativa entre as que atuavam na guerrilha urbana. Suas principais ações incluíram o comando do sequestro do embaixador dos EUA, ao lado do MR-8.
VPR – Vanguarda Popular Revolucionária liderado por Carlos Lamarca. Militares cassados e ex-integrantes da Polop formaram um dos grupos de maior atividade do período. Contrário ao controle do Estado pelo Exército, o capitão desertor Lamarca roubou armas do quartel para usá-las contra a ditadura militar.
COLINA – Comando de Libertação Nacional liderado pelo Sargento João Lucas Alves. Pequeno grupo mineiro com ramificações no Rio de Janeiro, era formado por ex-militares e ex-integrantes da Polop. Como meio de obter recursos para viabilizar a guerrilha rural, praticava assaltos a bancos e a trens pagadores.
MOLIPO – Movimento de Libertação Popular liderado por José Dirceu e Beth Mendes. Dissidência da ALN formada por militantes que fizeram treinamento de guerrilha em Cuba. Infiltrado por um espião do governo, porém, o grupo foi praticamente eliminado pouco após seus líderes retornarem ao Brasil.
VAR-PALMARES – Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares foi liderado por Carlos Lamarca e João Lucas Alves. Responsável pelo assalto mais lucrativo do período: o da casa de Ana Capriglione, conhecida como amante do governador de São Paulo, Adhemar de Barros. Na ação, 2,5 milhões de dólares foram roubados.
Com o passar do tempo os militantes de esquerda se organizaram no MDB, com a anistia ajudaram a formar os partidos conhecemos, são: PCB = PPS; MNR + VPR = PDT; MR-8 + PCBR = PMDB; PCBR + ALAN = PT; PCdoB + AP = PCdoB.
Fonte: Super Interessante.